Perfil do Egresso

Nosso egresso é formado com a competência do analista cognitivo e urge da dinâmica da Sociedade do aprendizado e da informação globalizada, nas redes de relações, conexões e controles cada vez mais sofisticados. O analista cognitivo deslinda os desafios da complexidade, das multiplicidades, das diferenciações e individuações rizomáticas no campo coletivo e nas oscilações do mundo das trocas e produção de mais-valia. O analista cognitivo reconhece as possibilidades que requisitam múltiplas habilidades e competências de reconhecimento dos processos cognitivos, tanto para a finalidade de compreender processos e sujeitos engajados nestes, mas também para que se exercite a capacidade de construir processos cognitivos a partir dos aspectos analíticos cognitivos de uma situação.

Na sociedade do conhecimento a cognição é o eixo guia de análise para todos os agenciamentos que se fazem necessários para o crescimento exponencial de uma cultura produtiva sustentável, não mais dependente de agentes externos para gerir suas práticas de construção e difusão do conhecimento, sem precisar negar a importância dos agentes externos, mas não como senhores e sim como parceiros e colaboradores. Desse modo, o analista cognitivo se constitui híbrido e aberto ao acontecimento, focado em seu meio de atuação profissional e político. Ele não se configura como um tipo de especialista que sabe apenas de sua área técnica. Ele é agora analista da cognição em sua dinâmica produtiva na sociedade que sabe que o conhecimento é a alma de todo negócio, de toda fabricação, de toda produção para saciar os desejos e produzir/reproduzir máquinas desejantes. Não se trata, pois, de uma teoria da cognição e sim de uma abordagem também teórica de acontecimento cognitivo das organizações humanas a partir de seus agenciamentos.

O analista cognitivo trabalha com a possibilidade de propor ações na seriação de uma cadeia produtiva, e de incluir o terceiro termo lógico em suas análises, neste trabalho exercita a habilidade de Designer Cognitivo, agente capaz de construir propostas de uma modelagem cognitiva, da qual podemos citar a modelagem computacional como um dos seus melhores exemplos. Queremos aqui dizer que a modelagem cognitiva vai além da modelagem e do design cognitivo de sistemas digitais, da inteligência artificial, do Big Data ou da Deep Learning, já que consideramos que os procedimentos analógicos e os exercícios da vida cotidiana no mundo real também interatuam e imbricam humanizando-os.

O design cognitivo que o analista cognitivo exercita profissionalmente pressupõe planejar, desenhar, implementar processos e situações que organizam e constroem e difundem conhecimento, em suas plurais dimensões. As análises foco deste profissional se prestam a ações muito diferenciadas umas das outras, mas há um fio condutor também político, ético, social em suas operações de intervenção em dinâmicas de produção. O analista está diante de uma dinâmica que requisita algo além do saber acumulado em sua área de atuação. Requisita a ousadia e a invenção, a criação e a consistência de seus operadores metodológicos que dêem conta das emergências e produzam aumento de potência e possibilidades.

A/o Doutor/a em Difusão do Conhecimento e/ou Analista Cognitivo atua em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor ou em comunidades, possuindo a capacidade de investigar, analisar, modelar, criar, planejar, gestar e implementar atividades que tem a ver diretamente com os saberes e práticas requeridos pela sociedade complexa. Para identificar o perfil do egresso temos acompanhado a sua trajetória, buscamos compreender sua relevância com o mercado e, por fim caracterizar seus campos de atuação, por duas vias: a) pelo Currículo Lattes; b) pela implementação de mesas temática sobre a trajetória do Egresso do DMMDC com a participação destes em nosso Seminário Interno, realizado semestralmente. Em 2017, tivemos o II SIANCO - Seminário Internacional de Análise Cognitiva, como pode ser visto no link http://www.difusao.dmmdc.ufba.br/pt-br/ii-sianco-seminario-internacional... 2019, foi a vez do III SiANCO - http://www.difusao.dmmdc.ufba.br/pt-br/inscricoes-iii-seminario-internacional-de-analise-cognitiva-sianco, com a participação de egressos, inclusive, internacionis nas Mesas Temática como, por exemplo, a de Latinoamérica e Japão.

No último levantamento verificamos que os egressos do DMMDC encontram-se em mercados distintos, com forte presença no Ensino Superior e no Campo da Pesquisa e Inovação. As primeiras turmas tituladas no DMMDC 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 somam a quantidade de 78 titulados. Nos anos de 2018 e 2019, 51 analistas cognitivos foram titulados. Deste número de egressos aproximadamente 50% já eram docentes de Universidade e Instituto Tecnológico, no retorno para as suas instituições percebemos que estes docentes começaram uma "nova" carreira na gestão em Cargos de Pró-reitorias, implantaram Agência de Inovação e garantiram recursos de projetos, através das agências de fomento (FAPESB e CNPQ). Em termos de percentuais verificamos que todos que se submeteram a concursos públicos, lograram os cargos de docência nas instituições do ensino superior situadas tanto no interior, quanto na capital (UESB; UESC e UFBA). Verificamos que 20% dos egressos prestam consultorias as ONG, outros se inseriram em faculdades privadas, outros em Agência de fomento. Em destaque, Profa. Luzia Mota, atual Reitora do IFBA, é egressa do DMMDC. 

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